Comparando os dias atuais e os dias de NOÉ para o cristão
Mt 24:37-39
Introdução: Hoje em dia passamos
dias que parece que o mal nos rodeia com tremenda intensidade. Símbolos
cristãos são zombados em público. Nossas posições quanto a moral são combatidas
de forma a nos colocar como agressores e vilões. Somos rotulados como
intolerantes e preconceituosos.
Vemos a
sociedade em que vivemos cada vez mais violenta, despeitosa com as autoridades,
corrupta e que não dá sinais claros de evolução da civilização
COMO O CRISTÃO DEVE SE PORTAR DIANTE DESTE
AMBIENTE? Deve miscigenar sua moral com os conceitos humanistas presentes? Deve
fazer uma releitura da palavra de Deus e não considera-la como inerrante? Deve
aceitar os “novos tempos” com sua “nova família”, “nova Igreja” e quem sabe até
um “novo deus”? Ou deve ser diligente no caminha com Deus, em sua justiça ,
anunciando a Salvação em Cristo para homens que parecem indiferentes a Deus?
Buscaremos na
experiência de NOÉ motivos que nos animem a sermos contra-cultura da sociedade
presente, onde quer que estejamos.
I_Como estava este mundo nos dias de NOÉ?
I.1 – “A maldade havia se multiplicado:” Gn 6:5 O desejo do coração do
homem era continuamente mau. O homem agia por um impulso de ser primeiramente
mau. Em Gn 6:13 nos é relatado que a terra estava “cheia da violência do
homem”.
I.2_ “A terra estava corrompida e cheia de violência”. Gn 6:11,12 nos
mostra que havia um ambiente de caos tão grande , que não apenas o homem, mas
“todo ser vivente” estava corrompido. A violência imperava em toda a criação.
Um ambiente caótico. Gn 3:24 nos aponta que no Eden Deus já havia criado
animais domesticáveis e animais selvagens. Ao que parece não se era mais
possível diferenciar na criação o que era doméstico e o que selvagem por conta
da violência.
I.3- “Apesar deste ambiente caótico, o homem vivia com extrema naturalidade”.
Parecia indiferente ao pecado reinante e indiferente a rejeição de Deus para
esta situação. Mt 24:38 mostra que os homens não se preocupavam com a
condenação iminente . Casavam-se e davam-se em casamento , ou seja,
estabeleciam projetos futuros de família, inclusive algumas destas condenadas
por Deus em Gn 6:1-3 por conta da miscigenação com ímpios. Comiam e bebiam, ou
seja, levavam seu presente como se o amanhã fosse uma certeza, independente da
condenação que estava para acontecer. O homem vivia indiferente a maldade que
reinava no seu tempo.
II_Como se portava NOÉ neste ambiente?
II.1 – Nóe era justo e íntegro diante dos seus contemporâneos: Gn
6: 9
JUSTO:
esta qualificação pressupõe uma aliança na qual aqueles que estão unidos ao
Senhor pela fé(crença que conduz a justiça, assim como Abraão Gn 15) seguem
seus padrões morais.
ÍNTEGRO:
Noé não era homem sem pecado, cf Gn9: 20-22, porém sua devoção a Deus e aos seus
mandamentos eram inquestionáveis.
II.2 – Noé andava com Deus: Gn 6:9
É
a mesma expressão usada para qualificar a Enoque (Gn 5:22e 24), bisavô de Noé. Significa
uma comunhão intima, incluindo revelação especial.
II.3 - A fé de Noé o fez diligente em fazer a
vontade de Deus: Hb 11: 7 – Noé passou cerca de 120 anos construindo e
aparelhando uma arca para salvação de um Diluvio que seria imprevisível a
sabedoria humana. Sua fé de que a construção daquela arca era o cumprimento da
vontade de Deus o sustentou diante das zombarias e humilhações que certamente
sofreu.
II.4 – Noé pregava a justiça: II Pe 2:5. Noé não apenas dava testemunho de
sua comunhão e fé em Deus, mas com seus lábios condenava o pecado e recomendava
vida justa aos seus companheiros.
Não
basta aos homens que andam com Deus em meio ao caos do pecado cuidar da sua
própria vida. Eles precisam anunciar a condenação de Deus aos que vivem
indiferentes ao Criador.
III. A consequência da fé e zelo de Noé: Hb 11: 7– Ele foi instrumento de Deus para
salvação de sua família e da criação. O
autor de Hebreus chama Noé de “herdeiro
da justiça que vem da fé”. A fé de NOÉ o conduziu a ser diligente na
condução de sua vida justa e íntegra, não abandonar sua missão, pregar a
justiça e obter por consequência sua salvação e de sua família.
Aplicação para nossas vidas
Não é fácil levar a fé cristã ao
nosso viver nos dias de hoje, como fora também nos tempos remotos. O homem,
desde a queda, está em luta contra a vontade de Deus. Somos oprimidos quando
fiéis em nosso testemunho, como Noé também fora. Somos tentados a abandonar a
“arca” que Deus nos confiou a construir, ou melhor, uma vida de obediência a
Sua Palavra que nos identifica claramente como sendo Dele. Ou somos tentados a
mudar em nossos pensamentos a natureza deste Deus para adorá-lo segundo nossos
padrões. Colocamos em dúvida Sua Palavra e suas exigências para nossas vidas,
principalmente no que não nos agrada. Ou seja, somos tentados a humanizar Deus
e assim viver de forma mais harmoniosa ao que nos rodeia.
Talvez porque não consideremos ,
assim como Noé considerava , que Deus verdadeiramente exercerá juízo contra
este mundo mal. Vivemos não como Noé vivera. Talvez estejamos mais parecidos
com os contemporâneos de Noé. Não nos importamos com nosso testemunho e com a
pregação da justiça. Se considerássemos que é certo que o juízo de Deus virá e
que não sabemos quando será , certamente não seríamos tão inertes e
indiferentes ao nosso relacionamento com Deus.
O que Cristo anuncia aos Seus em
Mt 24 , certamente ocorrerá. Como deve se preparar o Cristão para este momento?
Atentar para as exortações de Mt 24:42-44.